quarta-feira, 7 de março de 2007

Garota, eu vou para Hollywood

Bom, eu estava pensando em escrever uma coisa bem engraçadinha, uma espécie de diálogo... uma conversa entre as jardineiras aqui sobre uma suposta licitação que Deus teria aberto para contratar alguém que fizesse um novo layout do mundo – digamos assim, uma versão 2.0 desse nosso planetinha. Eis que, na minha navegação diária por blogs e sites, caí no http://revistatpm.uol.com.br/.
Quisera eu que isso não tivesse acontecido e que não tivesse visto a chamada para um ensaio com o cineasta Heitor Dhalia. Fui conferir, porque tinha lido uma matéria na revista Set sobre o filme dele que está para ser lançado este mês, O Cheiro do Ralo, e porque já assisti ao louco Nina, também dele, com a Guta Stresser no papel que dá nome ao filme.
Pois bem. A chamada da budega era assim: “Garota, eu vou para Hollywood. Obsessivo, workaholic e inteligente, Heitor Dhalia é o cineasta brasileiro do momento. Talentoso e sedutor, arranca elogios da crítica e provoca calafrios nas mulheres” - comecei a imaginar que boa coisa não me aguardava nessa leitura... e acertei.
Tudo bem, traçar um perfil do cara, contar sua trajetória, mas era necessário perguntar sobre relacionamentos e coisas afins? O indivíduo, que parece ser coerente, bem que tentou fugir: “Falar sobre mulher numa revista feminina? [pensa bastante] Preciso mesmo falar?”.

Mas a jornalista não se deu por vencida e, ao invés de questionar sobre o filme, sobre a dificuldade de se levantar dinheiro e de fazer o projeto ser aceito (de forma bem básica, é a história de um homem que se apaixona por uma bunda), por exemplo, fez o cineasta falar acerca da fama de sedutor, fidelidade, paternidade. Ai, que raiva! Por que revista feminina teima em fazer isso? Só porque o cara é bonito e/ou heterossexual e/ou solteiro, a mulherada vai se interessar mais em saber o que ele tem a dizer sobre esses assuntos que sobre seu próprio trabalho?
Olha, juro que vou comprar a revista na banca para ver se traz alguma coisa além do que está no site, alguma coisa que se aproveite, mas só amanhã... porque a decepção já foi suficiente por hoje.

7 comentários:

Carpe Diem disse...

As abordagens e a criatividade dessas revistas às vezes me surpreende. Li na capa de uma dessas revistas femininas em letras rosas em caixa alta: "Pesquisa revela: 80% das mulheres preferem fazer compras no shopping do que ter um orgasmo". Eeeeiiitaaaa!!

Cristiane disse...

Quem foi o cara, homem, que criou este tipo de revista?!!!!

Mariana R disse...

Mas deu certo né? Ce inda vai comprar a revista. Eu não gosto dessa tpm não, ela finge de fiferente, de mais inteligente, mas no fundo é igual as outras, mas disfarçada, sem assumir. EU até gosto de uma caras de vez em quando, pelo menos ela assume o que faz.

Lidia disse...

Vou comprar e ler pra não ser chamada de intransigente... Vamos ver se ela não se salva, afinal, a versão masculina - a Trip - é bem legal.

Ana Silva disse...

É isso aí, menina, indigne-se. A capacidade de indignação é que ainda nos faz mulheres, gênero feminino da espécie humana.
Só não faça como um político da minha terra. Em discurso contra alguma lei federal, sapecou: "Vamos mostrar ao governo nossa indignidade!".
kkkkkkkkkkk

Mariana R disse...

kkkkkkkkkkkk!!!
Somos bem indignas mesmo.... eheheheh.

Anônimo disse...

e aí vc comprou ou não a revista?