terça-feira, 22 de maio de 2007

A Divina Chimera



Correu no Egypto, em pavida anciedade,
Um brado de terror ! presentimento,
Intuição que não erra !
Que do mundo ao findar da velha edade,
N'um lugubre momento,
Inda antes de raiar a nova aurora
Dos seculos, em que o porvir se encerra,
Do sepulchral moimento
Hirtas, sahindo fóra
Todas as Mumias se erguerão da terra !
Que mão rasga a mortalha ?
Que sôpro vivifica o ataúde ?
Com insistencia a estranha voz se espalha;
A consciencia do povo não se illude !
(Teophilo Braga)

5 comentários:

Piti disse...

Que foi? Inglês, alemão, japonês pode, mas quando eu mando a flor do lácio ninguém comenta? O que vocês têm contra o português castiço?

Jaana disse...

É que eu ficou com medo: já pensou todas as mumias saindo da terra??? :-/

Caetana disse...

Ui! Que medo. Múmias gemendo laciosamene como flores brotando das tumbas. Entre elas a menina seca e sua tia passando roupas pela eternidade...

Valéria Barros Nunes disse...

passar roupa par aa eternidade é hor-rí-veeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeel!

Valéria Barros Nunes disse...

ah, eu gosto de portugues castiço, num gosto muito de tuga casto