sexta-feira, 25 de agosto de 2006

mariana está temporariamente no paraíso! qualquer coisa, deixe seu recado, um beijim e inté a volta!!!

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

HOJE...samba e Choro

Hoje foi dia de dança! Perfeito, necessário, essencial. Foi dia de samba e choro. Samba dançado pra alegrar, encantar e satisfazer. Choro escorrido pelo vazio e pelo esquecimento.
Felicidade e dor estiveram no meu jardim hoje. Confesso que a dor prevaleceu... Bobagens de uma menina que está sempre a esperar por Godot!

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Rebeldia de pés descalços

Hoje acordei rebelde. Depois de ouvir viola caipira, acordei rebelde. Mantive em segredo pela manhã, fiquei em casa pela manhã. Rebeldia forte e grande que não se agüentou anônima por muito tempo. A tarde, os mais próximos perceberam. Nada me tirou do quintal nessa tarde. Sol, água e música. Não quis saber de vento, de flores e nem de raízes. Água salgada me derretendo e água clorada me refletindo. Foi assim o quintal dessa tarde. Logo o sol foi embora e só a música ficou. Minha rebeldia quase a explodir... a noite se aproximava. Levei o quintal comigo para apresentar ao vizinho, que às vezes parece morar a distâncias da minha janela. De portas abertas o rapaz me percebeu. Quis me entregar as chaves, mas eu já estava carregando o quintal... achei peso demais. Aceitou sem ressalvas ser cúmplice e acatou meus primeiros desejos.
Esta noite a brincadeira será no meu quintal, nesse que é do tamanho da minha rebeldia. Nele, eu convido e aceito, dou e recebo, mando e obedeço . Vou mostrar o quintal pra ele que pensa já conhecer minha casa. Primeiro o quintal, depois a casa, terei que explicar ao rapaz. É a ordem natural da coisas... Caso a rebeldia persista, conto todos os detalhes depois.


A foto não to conseguindo por, clique no nome do fotógrafo!



“Por qué los inmensos aviones
no se pasean com sus hijos?”
Neruda

Foto:
António Lança

sábado, 5 de agosto de 2006

Sobre segredos, homens e satisfação...

Aberta a porteira do nosso quintal!

Que aqui entrem os homens, as mulheres, os curiosos e os respondões...

Por favor, espiem pela cerca, mas entrem de vez em quando. O terreno é fértil e carece de algumas revelações.

Falando de outras vozes

Em meio à minha espera, escutei a seguinte frase de certo visitante que se instalou nesse quintal : "O mais profundo é a pele". Parece que se chama Paul Valery o intruso, parece que me despertou da espera. Ainda bem que passou distante, rapidamente. Teve o bom-senso de não sentar ao meu lado. Parece que foi educado o suficiente, pois nem ao menos sugeriu qualquer tipo de diálogo e aproximação. Na verdade, conversava com outros visitantes. Aqueles que constumam aparecer com mais freqüência por aqui, mas ainda não posso chamá-los de companheiros. Bom mesmo esse senhor não ter sentado ao meu lado. Não teríamos o que conversar, afinal. Não faria sentido... E se não fosse pela voz grave, talvez nem o percebesse passando. Tinha também os passos firmes... mas isso não seria suficiente para chamar meu olhar. Se não fosse aquela frase incoerente, provavelmente eu nem saberia que esse tal homem pisou aqui no quintal. É isso... sua incoerência que me desperta! Passagem tão rápida e presença tão longa. Que o quintal seja coerente e não venha sentir saudade desse sujeito. Muito perigoso sentir saudade de quem realmente pode voltar...

Cansaço particular

Hoje, particularmente, cansei. Cansei de uma forma única, como nunca havia cansado antes da minha incessante espera por Godot. Um cansaço que nada de desagradável tinha, confortante até. Godot o julgaria forte demais e um tanto quanto traçoeiro. "Cansaço que impulsina? Que tipo de cansaço é esse?" Pois era isso mesmo, um cansaço unicamente gostoso. Desses que dá vontade de todos os verbos de movimento ao mesmo tempo.
Então, por alguns segundos, desisti da espera. Por alguns segundos, consegui enxergar o quintal. Vi as crianças chegando, os amigos trazendo doces e senti o vento forte nos troncos das árvores. Arvóres antigas que nem se mexiam com aquele soprar. Fui, nesse instante, seiva e flor. Fui também, e não me perguntem como, bicho voador a carregar pólen. Não me lembro qual a espécie, foi por pouco tempo... voava alto o bicho. E em pleno vôo de bicho desconhecido que eu era, o cansaço passou. A espera voltou... porque Godot pode chegar a qualquer momento.

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

descobri um segredo dos homens!

Descobri eu, por que outros já haviam descoberto há tempos... Tudo se institui na posição, ao meu ver, femina que a mulher, por muitas vezes, se acomoda. Digamos... a posição de demandante, demandante de um amor sem fim, mulherzinha carente, rs. ... depois termino.
Então, não não, não é um segredo das mulheres!!! Talvez também nem dos homens mas da relação. então: daí que as mulheres desejam isso que ser humano nenhum é capaz de dar, todos somos in suficientes, mas os homens tentam, tentam, 'sacrificam-se' nesse tentativa sempre fracassada e aí... é que vai o segredo dos homens.: que eles tentam como se fosse algo que as mulheres realmente demandassem sempre (o que pode ser verdade) mas eles procuram satisfazê-las pela via do sacrifício, como se estivessem cedendo... mas a luta deles é travada no sentido deles sentirem-se potentes, no sentido do desejo DELES. Mas a culpada é a mulher, ela que pede muito e sempre. O curioso é que então temos sempre um mal-entendido. Mulheres querem mais, mais... homens nunca darão conta, esforçam-se e culpam as mulheres, que sempre querem ouvir declarações, receber flores, lembranças, beijos, abraços, amassos, mais bem mais que os homens. (não que homens também não se coloquem nessa posição e vic-versa). Daí o desencontro o que as mulheres pedem indicam a insuficiência masculina. Mas eles, comumente, não aceitam isso facilmente querem tentar, mas tal tentativa sempre fracassada os interpola, ao que seu desejo vira sacrifício em prol de outrem, "as mulheres são culpadas, querem demais". Não dá pra não lembrar de Freud e a teoria do falo nesse aspecto. Mas para além disso a questão do complexo de édipo reaparece.
Na primeira das demandas, a demanda materna. Ou alguém vai dizer que existe alguém que pede mais, aos filhos homens, do que a mãe. Mas a mãe, elaborada a partir de traços de amor e ódio, ... ops! termina segunda.

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Canção Mínima

No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta

(Cecília)

terça-feira, 1 de agosto de 2006

No quintal de nossa casa
Nasceu uma árvore sem nome
Uma flor
Uma pedra (é a pedra nasceu também, pode acreditar)
Nasceu até um calango que, de calangar, ficou preso ao muro.
Que porra de blog é esse que ninguém escribe????