*no quintal de casa cada um faz o que quer. porque esse quintal é grande, do tamanho que a gente fizer. uma rede pra se balançar e balançar os pensamentos ele tem. tem um pé de limão, uma goiabeira, uma porção de plantas e flores e uns cachorros pra bagunçar o coreto. criança e adulto querendo ouvir história também sempre aparecem. e a gente conta. histórias de quintal. *
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
Para Mariana
Quando me virei para pegar o jornal, meti as unhas na parede. De bico. Pressenti a dor. Fechei os olhos e esperei que viesse. Ela veio. Intensa. Fiquei com os olhos fechados durante alguns minutos. Imaginei os dedos da mão enormes, vermelhos, com o sangue fluindo para as pontas e coagulando, tornando-as, aos poucos, pretas, até arrebentarem. O líquido podre caindo e se espalhando pelo chão do quarto. A dor começou a passar. Abri os olhos e mirei minhas mãos. Estavam normais, nem sequer vermelhas. Pálidas, as unhas pequenas e arrebitadas como sempre. Bobagem, pensei. Onde já se viu sangue coagulado se espalhar pelo chão?
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2 comentários:
brigadinha, brigadinha. Sua, sua, exageraaaaaaaada!
agora foi que entendi o finalzinho. realmente bom, ana silva!
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